ARAMIS MILLARCH entrevista
JOÃO GILBERTO
O RÁDIO E A TELEVISÃO
DO PARANÁ
Wasyl Stuparyk ou Basílio Junior
Sempre tive muita admiração pelo jornalista - sempre correndo, esbaforido - quando trabalhamos juntos na Fundação Teatro Guaira. Em algumas oportunidades, colaborei com o Aramis na qualidade de Sonoplasta do teatro. Em contra-partida, Aramis sempre me apoiou na divulgação dos meus espetáculos - Maria Minhoca, O mágico de Oz, O Outro André - e divertia-se, quando me via brabo, por ter escrito o sobrenome de forma errada (propositadamente). Depois, acostumei com a sua "maldade" e comemos muito churrasco nas madrugadas do Restaurante Palácio, na Barão.
Apresento algumas entrevistas realizadas pelo ARAMIS e que copiei do site
 


onde além dos radialistas, existem centenas de entrevistas com artistas de vários segmentos, nacionais e internacionais.Vale muito a pena conhecer o site e o trabalho de ARAMIS MILARCH.
ARAMIS MILARCH
Jornalista - Assessor de Comunicação Social
Produtor de Programas Radiofônicos
ARAMIS MILARCH
GAZETA DO POVO
 
CADERNO G
 
Memória
O mundo cultural de Aramis Millarch
Acervo com 572 entrevistas do jornalista e crítico paranaense é resgatado e relançado em DVD
Publicado em 29/11/2009 | Cristiano Castilho
 
Era uma casa muito engraçada a do curitibano Francisco Millarch. No sofá da sala de estar da residência, que ficava ali na rua Visconde do Rio Branco, entre a Vicente Machado e a Carlos de Carvalho, um sujeito chamado Vinicius de Moraes se atracou em em um copo de uísque e desatou a falar. Noutro dia, um outro, apelidado de Toquinho, dedilhava um violão. Com seus 10 anos, o garoto acompanhava tudo e reparava que o que havia em comum entre esses artistas que integravam o time titular da MPB em 1970 e outros personagens que visitaram o espaço – políticos, cineastas, atores –, era um gravador sobre a me¬sa. Sempre com a luz vermelha acesa.
O privilégio de Francisco foi ter nascido filho de Aramis Millanch, jornalista e um dos primeiros e principais críticos de música e ci¬nema do Paraná. Com¬¬pulsivo por informação e entrevistas, Aramis (1943-1992) criou em seus 32 anos de profissão um dos maiores acervos culturais do Brasil, “sequestrando” os artistas que passavam por Curitiba – antes e depois dos shows – ou os interpelando no aeroporto. Mas, em vez da insistência incômoda para conseguir palavra, utilizava a elegância e o bom humor que lhe eram característicos. O resultado foi um punhado de amigos “famosos”, 4 mil fitas com entrevistas, que somam 720 horas de gravação – cerca de uma hora e meia de conversa com cada entrevistado – e 572 personalidades nacionais retratadas. Estão lá Gilberto Gil, Cartola, Francis Hime, Nelson Cavaquinho, Elis Regina, Ana Botafogo, Jamil Snege...
Carreira
Saiba mais sobre Aramis Millarch e a coleção 30 anos de Jornalismo Cultural:
Paiol
Em 1971 Aramis Millarch descobriu o telefone do vizinho de Vinicius de Moraes, na Bahia. A ideia era convidá-lo para a inauguração do Teatro Paiol, em 1971. Dois dias depois, Vinicius e o Trio Mocotó confirmavam presença no evento.
Cartola
Educado e bem-humorado, Aramis fez de entrevistados, amigos. É o caso de Cartola, que o chamou de “amigo do peito” em uma carta enviada na ocasião do 72º aniversário do jornalista.
Tesouro perdido
Seu acervo de mais de 30 mil LPs – basicamente de música brasileira e jazz – foi vendido a um colecionador norte-americano no início dos anos 2000.
Timaço
Entre os 572 entrevistados da coletânea estão João de Barros, Rosa Maria, Cartola, Hermínio Bello de Carvalho, Egberto Gismonti, Lúcio Alvez, Zuza Homem de Mello, Helena Kolody, Paulo Leminski, Marina Lima, Ivan Lins, Carlos Lyra, Angela Maria, Nelson Cavaquinlho, Heriveto Martins, Miucha, Zezé Motta, Paulinho Nogueira, Flávio Rangel, Roberto di Regina, Arrigo Barnabé, João Bosco e Jaime Lerner.
Todo esse precioso material ganhou vida nova com um projeto idealizado em 2006 pelos produtores curitibanos Samuel Lago, Rodrigo Barros Homem d’EL Rei e Luiz Antonio Ferreira. Juntos, recuperaram e digitalizaram o acervo completo, que agora está disponível em uma coleção com oito DVDs, que por sua vez será doada a 450 bibliotecas brasileiras.